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Vômito em pets: entenda as causas e quando se preocupar.

Vômito

Ver seu pet vomitando pode ser angustiante. Embora em alguns casos o vômito não represente algo grave, ignorar esse sintoma pode ser arriscado.

Afinal, o vômito pode ser um alerta precoce de que algo no organismo do animal está fora do normal. Por isso, é essencial entender as principais causas, saber quando se preocupar e como agir de forma responsável.

O que é o vômito em pets?

Antes de mais nada, é importante diferenciar o vômito do regurgitamento. Enquanto o vômito envolve esforço abdominal e a expulsão de conteúdo parcialmente digerido, o regurgitamento ocorre de maneira mais passiva, sem esforço, e geralmente envolve comida que ainda nem chegou ao estômago.

Agora que essa diferença está clara, vamos às causas mais comuns do vômito.

Principais causas de vômito em cães e gatos.

1. Ingestão de alimentos inadequados.

Uma das causas mais frequentes é a ingestão de algo que o pet não deveria ter comido. Isso inclui restos de comida humana, plantas tóxicas, objetos estranhos e até brinquedos pequenos.

Além disso, mudanças repentinas na ração ou oferecer petiscos em excesso também podem desencadear episódios de vômito. Portanto, sempre que possível, mantenha a alimentação do pet estável e evite oferecer alimentos caseiros sem orientação veterinária.

2. Vômito por jejum prolongado.

Em alguns animais, especialmente cães, ficar muito tempo sem se alimentar pode causar o chamado “vômito biliar”. Nesse caso, o animal vomita uma substância amarelada, proveniente da bile. Isso acontece porque o estômago vazio acaba ficando irritado, principalmente durante a madrugada.

3. Parasitas intestinais.

Muitos tutores não imaginam, mas a presença de vermes pode causar vômitos recorrentes, principalmente em filhotes. Portanto, manter a vermifugação em dia é essencial para evitar esse tipo de problema.

4. Doenças infecciosas.

Infecções como a cinomose, parvovirose ou panleucopenia felina podem causar vômitos severos. Nesses casos, outros sintomas geralmente acompanham, como diarreia, febre e letargia.

Portanto, se o vômito vier acompanhado de sinais mais graves, procure atendimento imediato.

5. Doenças crônicas.

Problemas como insuficiência renal, doenças hepáticas ou até mesmo diabetes podem incluir o vômito entre seus sintomas. Como resultado, o pet pode apresentar episódios frequentes e inexplicáveis de enjoo, mesmo sem alterações na dieta.

6. Reação a medicamentos.

Assim como ocorre em humanos, alguns medicamentos podem provocar náuseas e vômitos em pets. Antibióticos, anti-inflamatórios ou até vermífugos são os mais comuns. Nesse caso, nunca suspenda o remédio por conta própria — consulte o veterinário responsável.

Quando o vômito é sinal de alerta?

Embora nem todo vômito seja motivo para desespero, alguns sinais exigem atenção imediata, como:

  • Vômitos frequentes (mais de 2 vezes ao dia);
  • Presença de sangue no vômito;
  • Letargia, fraqueza ou prostração;
  • Perda de apetite por mais de 24h;
  • Diarreia acompanhando o vômito;
  • Abdômen inchado ou dolorido;
  • Sinais neurológicos (como andar cambaleando ou convulsões).

Nessas situações, não espere o sintoma passar sozinho. Levar o pet ao veterinário pode fazer toda a diferença no desfecho do caso.

Como o diagnóstico é feito?

Geralmente, o veterinário começa com uma análise clínica completa, além de realizar perguntas sobre alimentação, hábitos e histórico médico. Em seguida, pode solicitar exames como:

  • Hemograma completo;
  • Ultrassonografia abdominal;
  • Exames de fezes;
  • Testes para doenças infecciosas.

Essa investigação ajuda a identificar a causa exata do vômito, permitindo um tratamento assertivo.

Tratamentos possíveis.

O tratamento dependerá da causa identificada. Em casos leves, como má digestão ou jejum prolongado, medidas simples — como fracionar a alimentação ou ajustar a dieta — já resolvem.

Contudo, em situações mais graves, podem ser necessários:

  • Soro intravenoso para reidratação;
  • Antieméticos (medicamentos contra vômito);
  • Antibióticos, caso haja infecção;
  • Cirurgias, em casos de obstrução por corpo estranho.

Portanto, nunca medique o pet por conta própria, mesmo que o remédio seja “para enjoo”. Apenas um veterinário pode indicar o tratamento adequado.

Dicas para prevenir vômitos.

Agora que você conhece as principais causas, veja algumas medidas preventivas simples:

  • Não ofereça restos de comida humana;
  • Mantenha plantas e produtos tóxicos fora do alcance;
  • Garanta que brinquedos e objetos da casa não representem risco de ingestão;
  • Fracione a alimentação, principalmente em cães propensos a vômitos biliares;
  • Mantenha a vermifugação e vacinação em dia;
  • Ofereça sempre água limpa e fresca.

Além disso, fique atento ao comportamento do pet — qualquer mudança repentina pode ser um sinal precoce de que algo não vai bem.

Conclusão: Conhecimento evita sofrimento.

Embora o vômito em pets seja comum, ele nunca deve ser ignorado. Em alguns casos, representa apenas um desconforto momentâneo, mas em outros, pode ser o primeiro alerta de uma doença mais séria.

Ao observar episódios repetidos ou sinais associados, não hesite em procurar ajuda veterinária. O diagnóstico precoce, aliado a uma boa observação do tutor, pode salvar vidas e garantir o bem-estar do seu companheiro de quatro patas.

Fonte: Portal do dog.

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Maria Sousa

Apaixonada por animais, dedico-me a compartilhar informações práticas e de qualidade sobre cuidados com os pets. Como criadora desse blog especializado no tema, ofereço dicas e curiosidades para facilitar a vida dos tutores e promover o bem-estar dos bichinhos.