Diferenças entre corujas e Outros Pássaros de Estimação. Você já reparou como as corujas têm uma presença quase mística? Com seus olhos penetrantes e jeito silencioso, elas despertam curiosidade em qualquer pessoa.
Mas será que são parecidas com os outros pássaros que as pessoas costumam ter como pets? A resposta é: nem de longe!
Neste artigo, vamos bater um papo descontraído sobre o que torna as corujas tão diferentes dos demais pássaros de estimação. Prepare-se, porque vem muita coisa surpreendente por aí!
1. Olhar hipnotizante x canto afinado.
A primeira grande diferença entre as corujas e outros pássaros, como calopsitas, periquitos ou canários, está nos sentidos e na forma como interagem. Enquanto os pássaros convencionais conquistam com o canto e sons suaves — muitas vezes aprendendo a imitar palavras e assobios —, as corujas encantam com o olhar. É quase como se estivessem te lendo por dentro.
Por outro lado, a vocalização delas não é nada melódica. Muitas espécies de coruja emitem sons que lembram gritos ou estalos. Então, se você espera acordar com um “bom dia” cantarolado, talvez uma calopsita seja a melhor escolha.
2. Comportamento noturno ou diurno.
Outra diferença gritante: o relógio biológico. A maioria dos pássaros de estimação é ativa durante o dia, brincando, interagindo e se alimentando sob a luz do sol. Já a coruja? Ela acorda quando você está indo dormir!
Elas são animais noturnos por natureza. Isso significa que se você tem uma rotina diurna e precisa de silêncio para descansar à noite, este pode ser um fator complicado. Ainda assim, algumas pessoas ajustam o ambiente da coruja para adaptar seu ciclo, mas isso exige muito cuidado e orientação especializada.
3. Alimentação: sementes x carne crua.
Se você tem calopsitas ou periquitos, sabe que a base da alimentação deles costuma ser sementes, frutas e rações próprias. Já as corujas são aves de rapina. Isso mesmo, elas precisam de carne fresca — e em alguns casos, pequenos roedores inteiros.
Ou seja, além do custo mais alto, lidar com esse tipo de alimentação exige um estômago forte e, claro, responsabilidade com o bem-estar do animal. É necessário congelar e descongelar alimentos como pintinhos ou ratos, seguindo protocolos de higiene rigorosos.
4. Tamanho e espaço.
Outro ponto fundamental é o espaço. Enquanto muitos pássaros vivem bem em gaiolas amplas, desde que tenham tempo fora para voar, a coruja precisa de um viveiro especializado — e de preferência ao ar livre.
Ela gosta de voar silenciosamente, observar tudo do alto e se sentir segura. Portanto, o espaço mínimo deve simular um ambiente natural e oferecer diferentes poleiros. Manter uma coruja em local inadequado é, além de cruel, um risco para a saúde dela.
5. Vínculo com o tutor: paciência e respeito.
Você consegue ensinar uma calopsita a subir no dedo em poucos dias. Já com a coruja, o vínculo leva tempo. Elas são mais reservadas, observadoras e não gostam de manipulação forçada. Isso significa que o tutor precisa entender a linguagem corporal da ave e respeitar seu tempo e espaço.
Ao longo dos meses — ou até anos — a coruja pode começar a confiar, seguir o tutor pela casa ou vocalizar quando ele chega. Mas nunca será o tipo de animal que gosta de colo ou petiscos como recompensa. O relacionamento com uma coruja é quase silencioso, mas muito profundo.
6. Legalidade e cuidados legais.
Talvez a maior diferença esteja aqui. No Brasil, para ter uma coruja em casa, é obrigatório obter autorização do IBAMA. Isso porque ela é uma ave silvestre protegida por lei. Não basta querer — é necessário comprovar origem legal, manter documentação em dia e oferecer todas as condições ideais de criação.
Já periquitos, calopsitas e outros pássaros exóticos, como agapornis, costumam ter uma legislação mais flexível e estão amplamente disponíveis em criadouros autorizados.
7. Veterinário? Só se for especialista!
Por fim, os cuidados médicos. Enquanto muitos veterinários estão familiarizados com aves de pequeno porte, poucos têm experiência com aves de rapina como as corujas. Elas exigem exames específicos, manejo cuidadoso e conhecimento aprofundado sobre sua fisiologia.
Além disso, o estresse por manipulação ou transporte inadequado pode causar graves problemas. Portanto, quem pensa em ter uma coruja como pet precisa garantir um veterinário de confiança — e com especialização em silvestres.
Conclusão: é para todo mundo?
A verdade é que não. Ter uma coruja como pet é uma experiência única, mas também complexa e cheia de exigências. Não se trata de um bichinho comum, e sim de um ser selvagem com instintos profundos, hábitos noturnos e necessidades muito específicas.
Por outro lado, para quem tem paixão, paciência, tempo e responsabilidade, a conexão criada com esse animal é indescritível. Só o fato de ser aceito por uma coruja, que não se curva facilmente ao convívio humano, já é uma recompensa rara.
Então, antes de decidir, reflita: você quer uma ave para interagir, brincar e cantar com você? Ou busca uma companheira silenciosa, cheia de mistério e personalidade?
Agora que você conhece as diferenças, que tal compartilhar esse conteúdo com outros amantes de pets curiosos como você? 🦉✨
Fonte: Portal do dog.