Você já ouviu falar em pet terapeuta? Ou em terapia assistida por animais? Portanto, essa prática, que vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil, mostra como nossos companheiros de quatro patas podem ir além do papel de amigos e se tornarem verdadeiros cuidadores emocionais.
É isso mesmo, cães, gatos e até cavalos estão auxiliando no tratamento de diversas condições de saúde mental e física. Neste artigo, vamos mergulhar nesse universo afetuoso e entender como os pets estão fazendo a diferença na vida de muitas pessoas.
O que é a terapia assistida por animais?
A princípio, a TAA é uma abordagem terapêutica que envolve a participação de animais, geralmente cães, mas também gatos, cavalos e até coelhos, em sessões de tratamento psicológico, emocional ou físico.
Esses pets são treinados para interagir com pessoas em hospitais, clínicas, escolas ou até em casa, sempre com o acompanhamento de um profissional.
Mas olha só, mesmo sem treinamento formal, seu próprio pet pode ter um papel terapêutico na sua vida. É o que chamamos de apoio emocional. E acredite, tem muita gente sendo “salva” diariamente por esse tipo de afeto peludo.
Como funciona na prática.
Imagine uma criança com autismo que tem dificuldade em interagir socialmente. Ao interagir com um cão treinado, ela pode demonstrar mais abertura, desenvolver habilidades de comunicação e até reduzir comportamentos de estresse, de modo que o animal atua como um “facilitador emocional”.
Já idosos com depressão relatam melhora no humor e maior engajamento com o ambiente após sessões com pets. Os resultados não são somente emocionais, mas também físicos: a frequência cardíaca estabiliza, a pressão arterial diminui e até a resposta imunológica melhora.
Mas nos casos de TAA profissional, o animal atua com terapeutas e psicólogos. A ideia é criar um ambiente mais leve, onde a presença do bichinho ajuda a:
- Reduzir o estresse e a ansiedade.
- Estimular a fala e a socialização em crianças ou idosos.
- Melhorar o foco de pessoas com TDAH ou autismo.
- Acelerar a recuperação de traumas e depressão.
Já no dia a dia, às vezes os pets de companhia podem funcionar como verdadeiros “remédios naturais” para o emocional. Basta chegar em casa e ver aquele rabinho abanando, né? A gente já desarma.
Quais animais participam dessa terapia?
Embora os cães sejam os mais comuns, outros animais também atuam como co-terapeutas:
- Cães: pela sociabilidade, obediência e facilidade de treinamento.
- Gatos: usados em ambientes mais calmos, principalmente em terapias sensoriais.
- Cavalos (Equoterapia): indicados para reabilitação motora e desenvolvimento cognitivo.
- Coelhos e aves: em terapias com crianças ou pessoas com fobias de animais maiores.
Cada espécie tem um papel diferente, dependendo do objetivo da terapia e do perfil do paciente.
Benefícios emocionais.
Mesmo sem saber, seu pet oferece muitos benefícios como, por exemplo:
- Redução da solidão.
Um pet é uma companhia constante. Em tempos de isolamento ou luto, isso faz toda diferença.
- Aumento da serotonina e dopamina.
A interação com animais estimula a produção desses hormônios ligados ao bem-estar e prazer.
- Estímulo à rotina saudável.
Entretanto, quem tem pet precisa se mexer, alimentar, cuidar… Isso tira a gente da cama nos dias difíceis.
- Escuta sem julgamento.
Pode desabafar com ele à vontade, pois seu pet nunca vai te interromper ou criticar.
O pet precisa de treinamentos?
Sim. Os animais terapeutas não são pets comuns. Ou seja, eles passam por um processo de socialização, adestramento e certificação. Precisam ser dóceis, obedientes, calmos e confortáveis com diferentes ambientes e pessoas.
Além disso, devem estar com a vacinação em dia, controle veterinário regular e apresentar comportamento estável. É uma função séria que exige cuidado também com o bem-estar do próprio animal.
Cuidados com o terapeuta pet.
Entretanto, a saúde emocional do animal também importa; sessões em excesso, ambientes muito estressantes ou manipulação constante podem prejudicar o pet. Por isso, os profissionais acompanham de perto as reações e o tempo de descanso.
Terapia ou companhia? Qual a diferença?
É importante entender que a TAA é diferente da simples presença de um pet em casa. Embora conviver com um animal já traga muitos benefícios, a terapia com animais é estruturada, monitorada por profissionais e com metas terapêuticas claras.
Ter um pet pode, sim, ser terapêutico, mas isso não substitui a atuação de um animal terapeuta em contextos clínicos. Um cão companheiro acalma o tutor em um dia difícil. Um cão terapeuta, além disso, pode auxiliar no tratamento de um trauma, crise de ansiedade ou reabilitação motora.
Onde encontrar esse tipo de terapia?
No Brasil, clínicas especializadas, hospitais, escolas e instituições de apoio já oferecem programas de TAA. Entretanto, ONGs e centros de treinamento também formam duplas de animais e tutores-voluntários para atuarem em visitas assistidas.
Procure por locais com credenciamento e profissionais capacitados. Mas lembre-se: o bem-estar do animal é tão importante quanto o do paciente.
Conclusão.
Resumindo, a terapia assistida por animais nos lembra de algo essencial, o poder do afeto. Por isso, que eles existem, em um mundo cada vez mais acelerado e digital, os pets continuam nos oferecendo algo raro, conexão verdadeira, presença e amor incondicional. E quando essa relação é aplicada com propósito terapêutico, os resultados são surpreendentes.
Seja em hospitais, clínicas ou lares, os animais terapeutas mostram todos os dias que não são somente fofos. Eles são parceiros de cura.
Mas e você, já teve uma experiência de cura ou bem-estar graças ao seu terapeuta pet? Compartilhe nos comentários!
Fonte: Portal do dog.
