O Pit Bull está entre as raças mais populares e mais mal interpretadas no Brasil. Apesar de sua imagem forte e, muitas vezes, associada à agressividade, o que muitos não sabem é que o Pit Bull pode ser um cão extremamente amoroso, fiel e equilibrado. Tudo depende da criação, do ambiente e da forma como é tratado.
Neste artigo, vamos além do que o senso comum diz. Vamos entender quem é, de fato, o Pit Bull: sua origem, comportamento, necessidades, e como ele pode ser um pet incrível; desde que esteja com o tutor certo.
Origem e História.
O Pit Bull, na verdade, não é uma única raça, mas um grupo de raças originadas do cruzamento entre bulldogs e terriers na Inglaterra do século XIX.
Seu nome completo é American pit bull terrier, e ele foi desenvolvido para trabalhos de força, como contenção de gado e, infelizmente, também para brigas de cães, prática hoje proibida, mas que ainda contribui para o estigma que a raça carrega.
A princípio, quando chegou aos Estados Unidos, o Pit Bull ganhou popularidade por sua resistência, inteligência e lealdade. Lá, foi usado como cão de fazenda, guarda e até mesmo babá de crianças (conhecido como “nanny dog” na época).
Características.
- Porte: Médio
- Peso: Entre 14 kg e 30 kg, dependendo da linhagem
- Altura: De 45 a 53 cm na cernelha
- Pelagem: Curta, lisa e fácil de cuidar
- Cores: Variadas–preto, branco, caramelo, tigrado, azul, entre outras
- Aparência geral: Musculoso, compacto, cabeça larga e mandíbula forte
Apesar de sua aparência imponente, o Pit Bull não é naturalmente agressivo, ele somente tem uma força física acima da média para seu tamanho, exigindo responsabilidade total por parte do tutor.
O que ninguém te conta.
Ao contrário do que muitos pensam, o Pit Bull não é um cão naturalmente agressivo. No entanto, definindo seu comportamento é, em grande parte, o ambiente em que vive e a forma como é criado. Com uma criação adequada, ele pode ser tão carinhoso e equilibrado quanto qualquer outra raça.
Principais traços.
- Extremamente leal ao tutor;
- Afetivo com a família (muitos são “grudentos” e adoram colo);
- Protetor, mas não agressivo sem motivo;
- Muito inteligente e ativo, mas precisa de estímulos mentais e físicos;
- Tolerante com crianças, se for bem socializado.
O que confunde muitas pessoas é que o Pit Bull tem uma resposta física muito intensa. Ou seja, quando ele reage, o impacto é maior do que o de outras raças de mesmo porte, daí a importância de treinar, socializar e manter uma rotina clara.
Pit Bull é perigoso?
Antes de mais nada, precisamos pesquisar sobre seus cuidados; um Pit Bull criado com maus-tratos, abandono emocional ou incentivo à violência pode, sim, se tornar um cão perigoso. Mas isso não é exclusivo da raça, qualquer cão mal treinado e negligenciado pode desenvolver comportamentos agressivos.
A grande diferença é que o Pit Bull tem potência muscular e uma mandíbula forte, então não pode ser criado de qualquer jeito. O tutor precisa ser firme, consciente e totalmente comprometido.
Se você busca um cão equilibrado, ativo, fiel e cheio de energia, o Pit Bull pode ser um dos melhores companheiros que você terá. Mas se você quer um cão passivo e que não exija dedicação, essa raça não é para você.
Cuidados essenciais.
A princípio, criar um Pit Bull exige atenção a detalhes que, se negligenciados, podem gerar problemas comportamentais ou de saúde. Diferente de raças mais tranquilas, o Pit Bull precisa de rotina, liderança e gasto de energia diário.
Rotina ideal para um Pit Bull saudável e equilibrado:
- Exercício físico diário (mínimo 1h de caminhada + brincadeiras).
- Atividades mentais (comandos, brinquedos interativos, treino de obediência).
- Alimentação de qualidade, balanceada conforme porte e idade.
- Visitas regulares ao veterinário.
- Atenção ao emocional: ele precisa de afeto, presença e estímulos.
O Pit Bull é muito inteligente e aprende rápido, tanto o certo quanto o errado. Por isso, a consistência é fundamental: o que você permite hoje, ele vai repetir amanhã.
Higiene e manutenção.
- Pelagem curta: basta escovação semanal e banho a cada 15 dias ou quando necessário.
- Unhas curtas: corte regular para evitar desconforto.
- Orelhas limpas: prevenir infecções com limpeza leve semanal.
Como é um cão ativo, é comum se sujar com facilidade em brincadeiras e passeios; às vezes, manter uma rotina de higiene leve ajuda a evitar dermatites e mau cheiro.
Clima e ambiente.
O Pit Bull não é um cão para viver isolado em quintal. Ele precisa estar próximo da família. Além disso, sua pelagem curta o torna sensível ao frio e ao sol excessivo. Em dias quentes, atenção ao asfalto quente. Em dias frios, ele pode precisar de roupas térmicas, principalmente à noite.
Socialização com pit bull.
Sim, e com sucesso. O segredo está em uma palavra: socialização. Ou seja, o Pit Bull, quando acostumado desde filhote a interagir com outros cães, gatos e pessoas diferentes, tende a desenvolver um comportamento sociável, equilibrado e seguro.
Convivência com crianças.
O Pit Bull pode ser extremamente carinhoso e protetor com crianças. Além disso, exitem muitos exemplares conhecidos por sua paciência e tolerância com os pequenos. Porém, é essencial supervisionar qualquer interação entre cão e criança, não somente com Pit Bulls, mas com qualquer raça.
Dicas importantes:
- Ensine a criança a respeitar o espaço e os sinais do cão.
- Nunca estimule brincadeiras agressivas.
- Reforce comandos de obediência básica para situações do dia a dia.
Convivência com animais.
Pit Bulls têm instinto territorial forte, mas não são antissociais por natureza. Se forem apresentados a outros cães ou gatos de forma controlada e gradual, podem conviver muito bem. O ideal é começar essa socialização ainda filhote.
Se o cão for adotado já adulto, o processo pode ser mais lento, mas ainda é possível com paciência e, em alguns casos, com ajuda de um adestrador.
O que evitar:
- Forçar aproximações rápidas com outros animais.
- Estimular comportamentos possessivos e ciumentos.
- Isolar o cão por muito tempo (isso aumenta a reatividade).
Em resumo, o Pit Bull não é o problema; a falta de orientação e socialização é. Sendo assim, quando bem conduzido, ele pode ser um exemplo de equilíbrio e convivência harmoniosa em qualquer lar.
O que você precisa saber.
Mito 1: Pit Bull tem “mandíbula que trava”.
Verdade: Não existe trava anatômica em nenhuma raça de cão. O que o Pit Bull tem é força muscular e resistência superiores, dando a impressão de que não solta a mordida. Mas, biologicamente, ele é igual a qualquer outro cão nesse aspecto.
Mito 2: Pit Bull é naturalmente agressivo.
Verdade: Nenhum cão nasce agressivo. Comportamentos agressivos são resultados de falta de socialização, maus-tratos, ou criação irresponsável. O Pit Bull, bem criado, pode ser dócil, brincalhão e extremamente fiel.
Mito 3: É perigoso deixar Pit Bull com crianças.
Verdade: Muitos Pit Bulls são conhecidos por serem extremamente tolerantes e protetores com crianças. Além do, mas o que é perigoso é deixar qualquer cão com criança sem supervisão; educação e respeito mútuo são a chave.
Mito 4: Pit Bulls não podem conviver com outros animais.
Verdade: Podem, sim, desde que sejam socializados corretamente. Como qualquer raça com instinto territorial, precisam de introduções cuidadosas, liderança do tutor e convivência estruturada.
Mito 5: Pit Bull é proibido no Brasil.
Verdade: Não existe proibição federal para criar Pit Bulls no Brasil. O que existe são leis municipais que podem exigir o uso de focinheira em locais públicos. Mas a posse é legal e regulamentada.
Conclusão.
Em suma, o Pit Bull merece respeito, não julgamento; é muito mais do que a imagem distorcida que a mídia e o senso comum construíram ao longo do tempo. É um cão fiel, forte, inteligente e cheio de amor para dar; mas exige responsabilidade, compromisso e respeito.
Entretanto, criado do jeito certo, o Pit Bull se torna um companheiro incrível para a vida toda.
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Fonte: Portal do dog.