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Pets sentem a passagem do tempo? O que a ciência descobriu.

Passagem do Tempo

A Passagem do tempo! Você já parou para pensar se o seu cachorro ou gato sabe exatamente quanto tempo ficou sozinho em casa? Muitos tutores juram que seus pets percebem quando o relógio avança, especialmente porque parecem esperar sempre nos mesmos horários para passear, comer ou quando o tutor está prestes a voltar do trabalho.

Mas afinal, os animais de estimação conseguem sentir a passagem do tempo ou é apenas uma impressão nossa?

A ciência vem estudando essa questão há décadas, e as descobertas podem surpreender você.

Percepção temporal.

Diferente dos humanos, que medem o tempo em minutos, horas e dias, os pets não têm um “relógio mental” como o nosso. Contudo, isso não significa que eles vivem em uma completa atemporalidade. Pesquisas sugerem que cães e gatos possuem uma percepção relativa do tempo, baseada em ritmos biológicos e rotinas.

Estudos com cães, por exemplo, mostram que eles reagem de forma diferente quando o tutor fica ausente por períodos curtos ou longos. Alguns apresentam níveis mais altos de ansiedade e excitação quando a separação é prolongada. Isso indica que, mesmo sem “contar as horas”, os pets distinguem ausências curtas de longas.

Relógio biológico.

Assim como nós, os animais possuem o chamado ritmo circadiano, um ciclo interno de cerca de 24 horas que regula sono, fome e atividade. É por isso que muitos cães e gatos parecem saber exatamente quando chega a hora da refeição ou do passeio diário.

Além disso, eles também se orientam por pistas externas, como a luminosidade do ambiente e os hábitos do tutor. Se você sempre chega em casa às 18h, por exemplo, o pet associa estímulos visuais e auditivos a esse momento, criando uma espécie de rotina temporal.

Emoções e tempo.

Outro aspecto curioso é que a passagem do tempo pode ser sentida de acordo com o estado emocional do animal. Para os pets, momentos de diversão e brincadeira parecem passar mais rápido, enquanto períodos de solidão ou estresse podem se arrastar. Esse fenômeno também acontece com os humanos e reforça a ideia de que os animais têm uma percepção subjetiva do tempo.

Em cães ansiosos por separação, por exemplo, o tempo longe do tutor pode ser percebido como muito mais longo do que realmente é.

Estudos científicos.

Pesquisadores já realizaram experimentos para medir essa percepção. Um deles mostrou que cães que ficavam sozinhos por 2 horas reagiam com muito mais intensidade ao retorno do tutor do que aqueles que ficaram apenas 30 minutos. Isso sugere que eles não apenas percebem a ausência, mas também conseguem diferenciar durações.

No caso dos gatos, ainda há menos estudos, mas especialistas acreditam que eles também possuem sensibilidade ao tempo, embora demonstrem de forma mais sutil do que os cães.

Rotina saudável.

Saber que os pets percebem a passagem do tempo reforça a importância de manter uma rotina equilibrada. Alterações bruscas no horário das refeições, nos passeios ou até mesmo no sono podem afetar o bem-estar físico e emocional deles.

Criar uma rotina previsível ajuda o pet a se sentir mais seguro, diminui a ansiedade e melhora a qualidade de vida.

O que aprendemos.

A ciência ainda não tem todas as respostas, mas já está claro que os pets não vivem em uma realidade atemporal. Eles podem não “contar as horas” como nós, mas sentem sim a diferença entre períodos curtos e longos, guiando-se pelo relógio biológico, pelo ambiente e pelas emoções.

Portanto, da próxima vez que seu cachorro esperar você na porta no mesmo horário ou que seu gato miar na hora da refeição, lembre-se: eles têm sua própria forma de sentir o tempo passar.

Fonte: Portal do dog.

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Maria Sousa

Apaixonada por animais, dedico-me a compartilhar informações práticas e de qualidade sobre cuidados com os pets. Como criadora desse blog especializado no tema, ofereço dicas e curiosidades para facilitar a vida dos tutores e promover o bem-estar dos bichinhos.