Será que cães e gatos realmente sentem amor pelos seus tutores, ou é apenas interesse em comida e abrigo? Essa dúvida sempre acompanhou a relação humano-pet. Porém, a neurociência trouxe descobertas que mostram que o vínculo vai muito além da sobrevivência: é, de fato, uma conexão profunda.
Nos últimos anos, cientistas utilizaram exames como ressonância magnética funcional para entender o que acontece no cérebro dos animais quando interagem com seus tutores. E os resultados são surpreendentes.
Cérebro Canino.
Estudos mostram que cães apresentam maior atividade no sistema de recompensa ao sentir o cheiro do tutor, algo comparável ao que ocorre em humanos quando pensamos em quem amamos. Além disso, a liberação de oxitocina, conhecida como “hormônio do amor”, acontece durante momentos de carinho, olhares e brincadeiras.
Esse processo é muito semelhante ao vínculo entre mãe e filho. Isso explica por que muitos cães ficam ansiosos quando os tutores se afastam e felizes quando retornam. É amor em sua forma mais pura, validado pela ciência.
Cérebro Felino.
E quanto aos gatos? Por muito tempo acreditou-se que eram frios e independentes. No entanto, estudos mostram que eles reconhecem a voz do tutor e, mesmo que demonstrem de forma mais sutil, também sentem apego.
Pesquisas revelaram níveis de oxitocina em gatos após interações afetuosas, embora menores do que em cães. Comportamentos como ronronar, deitar por perto e esfregar-se em seus donos são sinais de afeto genuíno. Assim, ainda que mais reservados, os gatos também demonstram amor.
Saúde Animal.
O amor humano reflete diretamente na saúde dos pets. Animais que vivem em lares afetuosos apresentam níveis mais baixos de cortisol, o hormônio do estresse. Isso se traduz em maior equilíbrio emocional, imunidade fortalecida e até aumento na expectativa de vida segundo a neurociência.
Além disso, estímulos positivos, como brincadeiras e passeios, ajudam a manter o cérebro ativo, prevenindo problemas de comportamento e promovendo bem-estar.
Saúde Humana.
A relação não beneficia apenas os animais. Tutores também liberam oxitocina ao interagir com seus pets, sentindo mais calma e conexão. Pesquisas demonstram que a convivência com cães e gatos reduz ansiedade, combate a depressão e até ajuda na regulação da pressão arterial.
Ou seja, esse vínculo é de mão dupla: tanto humanos quanto animais se tornam mais saudáveis e felizes ao compartilharem afeto.
Futuro Científico.
Com o avanço da tecnologia, novas ferramentas já permitem analisar emoções em pets em tempo real. Coleiras biométricas e aplicativos de inteligência artificial conseguem interpretar batimentos cardíacos, sons e até expressões faciais.
Em breve, será possível compreender de forma ainda mais precisa como cães e gatos sentem e se expressam. Isso abre espaço para fortalecer ainda mais o vínculo entre tutores e animais.
Conclusão.
A ciência confirma o que muitos já sabiam pelo coração: cães e gatos não apenas recebem amor, mas também o sentem e devolvem de forma intensa. Esse vínculo, sustentado pela neurociência, transforma vidas dos dois lados.
Da próxima vez que você olhar nos olhos do seu pet, lembre-se de que ali não existe apenas admiração — existe um cérebro que responde com carinho verdadeiro, impulsionado pelo mesmo hormônio que une mães a filhos e casais apaixonados.
Amor humano e amor animal: juntos, eles formam um laço que a ciência explica, mas que só o coração consegue sentir por inteiro.
Fonte: Portal do dog.