Meu Pet, Meu Amigo

Não brinque com seu pet antes de sair de casa: veja o porquê.

Brinque

Não brinque com seu pet antes de sair de casa se você ama seu pet, isso pode estar aumentando a dor da despedida sem saber. Para muitos tutores, sair de casa é um momento que gera culpa e ansiedade, tanto para eles quanto para seus pets.

E na tentativa de amenizar a situação, muitos cometem um erro comum, fazem muita festa, carinho ou brincadeiras com o pet exatamente antes de sair.

A princípio até parece um gesto de carinho pode, na verdade, estar alimentando transtornos comportamentais sérios. Vamos entender por quê?

A raiz do problema: ansiedade de separação.

O termo pode soar exagerado, mas não é. A ansiedade de separação é um dos distúrbios comportamentais mais comuns entre cães e, em menor escala, gatos. Sendo assim, ela acontece quando o pet não consegue lidar com a ausência do tutor, desenvolvendo comportamentos destrutivos, vocalizações excessivas e até problemas fisiológicos.

E o que isso tem a ver com brincar antes de sair?

Tudo. Quando você transforma sua saída em um “evento emocionante”, seu pet passa a associar aquele momento a algo importante, intenso… e negativo. Ele aprende que o tutor vai desaparecer logo depois da brincadeira, dos carinhos ou da atenção. Isso reforça a carga emocional do momento da separação.

O que pode acontecer quando você estimula o pet antes de sair.

Se você costuma dar atenção demais ao pet na hora de sair, veja o que isso pode desencadear algumas coisas como, por exemplo:

  • 🐶 Hiperatividade na sua ausência: o pet fica agitado e não consegue se acalmar.
  • 🛋️ Comportamento destrutivo: morde móveis, objetos ou arranha portas.
  • 🐾 Automutilação: alguns cães chegam a lamber ou morder patas até se ferir.
  • 🚽 Problemas com necessidades: urinar ou defecar em locais errados, mesmo sendo adestrado.
  • 📣 Latidos e uivos incessantes: além de sinal de estresse, pode causar problemas com vizinhos.
  • 😔 Depressão: perda de apetite, letargia e isolamento, mesmo após o tutor voltar.
  • Tudo isso porque a saída foi emocionalmente carregada.

A melhor abordagem: neutralidade e previsibilidade.

A regra de ouro é simples: torne a sua saída o mais monótona possível.

Isso significa:

✅ Evitar interações nos 10–15 minutos antes de sair: ou seja, não brinque e não dê nada de brinquedos, beijos ou longas despedidas.
✅ Saídas discretas e silenciosas: pegue suas coisas e vá. Nada de “tchau, mamãe volta logo!”.
✅ Voltas igualmente calmas: ao retornar, espere o pet se acalmar antes de interagir.

A princípio essa estratégia ensina o pet que sua saída e retorno são normais e previsíveis, não motivo de pânico nem euforia.

Como amenizar a ansiedade de forma saudável.

Além de neutralizar o momento da saída, existem outras formas de ajudar o pet a lidar melhor com a solidão:

  • 🧠 Estimulação mental antes de sair: ofereça brinquedos interativos ou recheados com petiscos.

  • 🐕 Caminhada ou brincadeira: mas com pelo menos 30 minutos de antecedência, para que ele relaxe.

  • 📺 Música ou TV ambiente: há playlists específicas para pets no YouTube e Spotify.

  • 🍖 Enriquecimento ambiental: esconder petiscos pela casa, deixar cheiros ou roupas com seu odor.

  • 💤 Treinar o “ficar sozinho” aos poucos: saia por 5 minutos, depois 10, e aumente progressivamente.

Os gatos também podem sofrer com a separação?

Sim, embora de forma diferente. Gatos são mais independentes, mas também criam vínculos fortes. Quando o tutor transforma a saída em um “ritual”, o felino pode:

  • Parar de comer;
  • Miá excessivamente;
  • Se esconder ou se isolar;
  • Urinar fora da caixa de areia.

Com eles, a dica é a mesma: não crie drama na saída. Deixe brinquedos, lugares altos e fontes de água disponíveis para distração e conforto.

Quando procurar ajuda profissional.

Se o seu pet demonstra sinais intensos de ansiedade sempre que você sai, e nenhuma mudança de rotina parece funcionar, não hesite em buscar ajuda de um adestrador ou veterinário comportamentalista. Em alguns casos, o uso de florais, feromônios ou até medicamentos pode ser necessário, sempre sob orientação profissional.

Conclusão: cuidar também é ensinar a ficar bem sozinho.

Por isso, muitas vezes, o maior gesto de amor é ensinar seu pet a viver bem sem você por perto. Evitar que brinque ou faça brincadeiras, e carinhos intensos na hora da saída não é frieza, é responsabilidade emocional.

Transformar a despedida em algo neutro, sem tensão nem expectativa, ajuda seu pet a entender que ficar sozinho é parte da rotina. E que você sempre volta.

Se você ama seu pet, ensine-o a lidar com a sua ausência com equilíbrio. Então, brinque sempre quando estiver mais caseiro e com tempo ele merece isso.

Fonte: Portal do dog.

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Maria Sousa

Apaixonada por animais, dedico-me a compartilhar informações práticas e de qualidade sobre cuidados com os pets. Como criadora desse blog especializado no tema, ofereço dicas e curiosidades para facilitar a vida dos tutores e promover o bem-estar dos bichinhos.