Já reparou como seu pet fica estranho quando você muda os móveis de lugar em casa? Aquela poltrona que ele adorava dormir, de repente, some ou vai parar em outro canto, e pronto, o pet fica desconfiado, anda de um lado para o outro e parece até meio perdido. Mas o que será que se passa na cabecinha deles? Sabemos que o olfato tem uma influência muito grande; neste artigo vamos descobrir tudo!
Papel do olfato.
Uma coisa que raramente levamos em conta são os móveis, para eles, têm cheiro de rotina, de casa, de segurança. Por isso, quando você troca a posição de uma poltrona, muda a cama de lugar ou compra um sofá novo, aquele aroma que representava conforto desaparece e isso pode causar muito estresse. Por isso, muitos cães e gatos tendem a:
- Cheirar intensamente tudo que foi trocado;
- Marcar território nos móveis novos;
- Deitar ou dormir nos itens “antigos” como forma de resgate emocional.
O ambiente tem uma relação forte com o pet.
Imagine que seu pet tem aquele cantinho favorito da casa onde tira os cochilos da tarde ou observa o movimento da rua. Quando você muda os móveis, esse cantinho pode desaparecer ou parecer “errado” para ele. E isso pode causar um baita desconforto.
Cães e gatos são muito apegados ao ambiente em que vivem. Eles criam zonas de conforto, segurança e rotina, principalmente os gatos, que são super territorialistas.; qualquer mudança, por menor que seja, pode gerar um estresse danado neles.
Mudanças e reações comuns.
Alguns sinais de que seu pet está sentindo os efeitos da mudança na disposição dos móveis. Esses sinais podem indicar que ele está tentando se adaptar ao novo cenário e entender o que mudou em seu território, como, por exemplo:
- Fica mais quieto ou mais agitado do que o normal.
- Evitou os cômodos modificados.
- Faz xixi fora do lugar (principalmente os gatos).
- Anda sem rumo ou fica cheirando tudo sem parar.
- Chora, late e mia sem motivo aparente, mas aparenta desconforto.
Por que isso acontece?
Isso acontece porque o cérebro dos pets funciona muito com base em associação e rotina. Ou seja, quando algo muda, eles sentem que precisam reaprender a conviver naquele espaço. Diferente de nós, os pets não têm um entendimento racional do que está acontecendo.
Eles se guiam por cheiros, rotinas e locais familiares. Quando você muda a mobília ou o layout da casa, isso pode causar uma verdadeira “desorientação emocional” neles.
Além disso, os móveis guardam cheiros e referências visuais que ajudam os animais a se orientar. Sendo assim, com a mudança de tudo, você bagunça literalmente o “mapa mental” do seu pet. Não é drama, é instinto mesmo!
Cães, por exemplo, são extremamente ligados ao território e à rotina. Quando tudo muda de lugar, eles podem:
- Perder os pontos de referência;
- Sentir que o território foi invadido;
- Ficar inseguro e ansioso.
Gatos são ainda mais sensíveis.; como são animais territoriais por natureza, eles podem até recusar comida, se esconder ou se tornar mais ariscos.
Dicas para ajudar seu pet na adaptação.
Quer mudar os móveis sem deixar seu pet estressado? Aqui vão algumas dicas que funcionam muito bem:
- Mude aos poucos: se possível, faça as mudanças em etapas, isso dará tempo ao pet de se adaptar gradualmente ao novo cenário.
- Mantenha referências: tente manter a caminha, os brinquedos e os potes de água e comida no mesmo lugar. Se precisar mudar, leve junto algum item com o cheiro dele, como uma manta ou almofada.
- Evite mudanças em momentos delicados: se seu pet estiver se recuperando de algo, chegando em casa agora ou passando por outro tipo de transição (como a chegada de um novo pet), adie a mudança de móveis se puder.
- Dê atenção e carinho extra: durante o período de adaptação, esteja mais presente. Brinque, converse e mostre que o ambiente continua seguro e acolhedor.
- Reforce comportamentos positivos: quando ele explorar o novo ambiente de forma tranquila, recompense com petiscos ou carinho. Isso ajuda a criar uma associação positiva com o novo espaço.
Quando a mudança é maior?
Se além de mudar os móveis você também estiver pintando a casa, reformando ou até trocando de residência, o impacto é ainda maior. Nesses casos, vale considerar usar feromônios sintéticos (principalmente para gatos), que ajudam a deixar o ambiente mais tranquilo.
Também vale conversar com o veterinário se o pet mostrar sinais de ansiedade mais intensos. Outra dica é criar novos pontos de referência rapidamente: coloque caminhas e brinquedos no novo local assim que possível, e mantenha sua rotina de passeios e alimentação o mais estável que der.
Quando me preocupar?
Se após 10 a 15 dias o comportamento do pet ainda estiver muito alterado, apatia total, agressividade, falta de apetite; pode ser hora de procurar um veterinário ou especialista comportamental. Porque em alguns casos, o estresse causado por mudanças ambientais pode desencadear problemas maiores.
Conclusão.
Mudar os móveis pode parecer uma bobagem para a gente, mas para os pets é uma revolução! Eles veem o lar como um território cheio de significado. Por isso, qualquer mudança exige paciência, atenção e carinho.
Cada animal tem um tempo diferente de adaptação. Alguns vão se acostumar em dias, outros levarão semanas. O importante é oferecer acolhimento e paciência.
Então, da próxima vez que for reorganizar a sala ou trocar os móveis de lugar, lembre-se de incluir seu pet nesse processo. Um pouco de cuidado pode fazer toda a diferença no bem-estar dele!
Fonte: Portal do dog.