A ideia de ter uma coruja como animal de estimação parece mágica. Esses seres misteriosos, com olhos penetrantes e postura imponente, evocam uma beleza quase mística. Mas é realmente possível conviver com uma coruja dentro de casa? O que é preciso saber antes de transformar um animal silvestre em companheiro doméstico?
Neste artigo, vamos explorar o que significa ter uma coruja como pet, os desafios, os encantos e os cuidados que envolvem essa escolha tão fora do comum. Prepare-se para descobrir um mundo diferente e fascinante!
Um animal silvestre com alma livre.
Antes de tudo, é essencial entender que a coruja é um animal silvestre. Isso significa que ela não nasceu para viver em gaiolas ou casas. Mesmo as que foram criadas em cativeiro mantêm muitos de seus instintos naturais. Por isso, ter uma coruja como pet exige compreensão, respeito e responsabilidade.
Corujas são predadoras noturnas. Têm hábitos solitários, são muito territoriais e possuem uma alimentação específica — baseada principalmente em pequenos roedores.
Elas não são animais domesticáveis no sentido tradicional, como cães ou gatos. Mesmo assim, é possível criar um vínculo com elas, desde que o tutor esteja disposto a respeitar seus limites.
Coruja pode ser legalizada?
Sim, mas com ressalvas. No Brasil, é preciso autorização do IBAMA para manter uma coruja como pet. Apenas aves oriundas de criadouros autorizados podem ser adquiridas legalmente. Isso é fundamental para evitar o tráfico de animais silvestres e preservar a fauna brasileira.
Corujas mais comuns no cativeiro legalizado incluem a suindara (Tyto furcata), também conhecida como “coruja-das-torres”. Essa espécie tem uma aparência marcante, com rosto em forma de coração e penas claras. Mesmo assim, adotar uma coruja deve ser uma decisão consciente, não apenas baseada na beleza.
O lado encantador da convivência.
Quem tem uma coruja legalizada em casa costuma relatar uma experiência intensa e emocionante. A ave é silenciosa, observadora e extremamente inteligente. Seu olhar profundo parece examinar cada detalhe do ambiente e das emoções ao redor.
Corujas podem reconhecer o tutor, aceitar carinho e criar uma rotina de convivência. Algumas, inclusive, vocalizam em resposta a presenças familiares. Apesar de não serem “brincalhonas”, elas interagem de maneira sutil e surpreendente.
Mas e os desafios?
Eles são muitos, e precisam ser considerados com seriedade. Corujas precisam de um espaço amplo e seguro para voar. Viver em ambientes pequenos pode causar estresse e doenças. A alimentação é outro ponto crítico: elas não comem ração, e sim presas inteiras, como ratos e pintinhos congelados.
Outro ponto importante: corujas vivem bastante. Dependendo da espécie, podem ultrapassar 20 anos de vida. Ou seja, não é uma decisão temporária.
Também é preciso lidar com o comportamento noturno da ave. Elas vocalizam à noite, o que pode atrapalhar o sono da família. Além disso, soltam muitas penas e fezes que exigem limpeza constante do ambiente.
Dicas para quem quer ter uma coruja.
- Pesquise muito antes de tomar a decisão.
- Verifique se o criadouro é legalizado pelo IBAMA.
- Prepare um espaço adequado, com poleiros altos e ambiente ventilado.
- Encontre um veterinário especializado em aves silvestres.
- Mantenha uma dieta natural e balanceada.
- Respeite o ritmo e os limites do animal.
Coruja não é enfeite.
Um dos maiores erros é tratar a coruja como um “objeto exótico”. Entretanto; essas aves não são brinquedos nem decoração viva. Elas precisam de cuidados reais, afeto sincero e liberdade respeitada. Adotar uma coruja é um compromisso de longo prazo com a vida silvestre.
Em resumo…
Ter uma coruja como pet pode ser uma experiência profundamente transformadora. Mas também é um desafio que exige preparação, responsabilidade e muito amor. Se você se encanta com esses olhos misteriosos e com a beleza selvagem que elas carregam, lembre-se de que o encantamento deve vir acompanhado de respeito.
Mas e você? Teria uma coruja como pet? Compartilhe esse artigo com outros apaixonados por animais diferentes e descubra mais sobre esse universo fascinante!
Fonte: Portal do dog.
