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Como se comportar ao encontrar um cão-guia?

Como Cão-guia

Você sabe o que é um cão-guia? Provavelmente já se deparou com um cão de colete ou coleira especial e ficou curioso para saber mais? Esses são os cães de assistência, verdadeiros heróis de quatro patas que têm um papel fundamental na vida de muitas pessoas. Mas ao cruzar com um deles na rua, você sabe como agir corretamente?

Vamos entender o que é um cão de assistência, o que ele faz e, principalmente, como devemos nos comportar perto desses profissionais de patas.

O que é um cão-guia?

Um cão de assistência é treinado para ajudar pessoas com deficiência, seja ela física, visual, auditiva, intelectual ou emocional. Eles podem auxiliar uma pessoa cega a atravessar a rua, alertar um tutor com deficiência auditiva sobre sons importantes, ou até ajudar alguém com epilepsia, ou transtorno do espectro autista a se manter seguro.

A princípio, esses cães passam por um treinamento rigoroso para desempenhar suas funções com precisão e calma. Por isso, quando estão com o colete e peitoral de trabalho, eles estão literalmente “no expediente” e o foco deles precisa estar 100% no tutor.

Tipos de cães de assistência.

Existem vários tipos de cães de assistência, cada um com uma função específica como:

  • Cão-guia: ajuda pessoas cegas ou com baixa visão a se locomoverem com segurança.
  • Cão-ouvinte: auxilia pessoas com deficiência auditiva, alertando sobre sons como campainhas, alarme de incêndio, ou choro de bebê.
  • Cão de serviço: apoia pessoas com mobilidade reduzida, epilepsia, autismo, entre outros.
  • Cão de alerta médico: detecta variações no organismo do tutor, como queda de açúcar no sangue em diabéticos ou início de uma convulsão.

Todos eles são protegidos por lei e têm direito a circular com seus tutores em espaços públicos, inclusive transporte, shoppings, restaurantes, etc.

Como agir ao encontrar um cão de assistência?

Sobretudo sabemos que é quase impossível resistir à fofura de um cão. Mas no caso dos cães de assistência, é essencial respeitar o trabalho deles. Aqui vão algumas dicas de etiqueta:

1. Não toque no cão: por mais tentador que seja, evite fazer carinho. Isso pode distraí-lo de sua função.

2. Não ofereça petiscos ou comida: além de interferir no foco do cão, isso pode causar problemas de saúde, dependendo da dieta dele.

3. Não chame ou tente interagir: assobiar, chamar ou fazer sons para atrair a atenção do cão é um erro comum. Lembre-se: ele está trabalhando.

4. Fale com o tutor, não com o cão: se precisar interagir, fale diretamente com a pessoa que está com o cão. Nunca se dirija ao animal antes de obter permissão.

5. Ensine as crianças: é importante que as crianças aprendam desde cedo a respeitar esses animais em serviço. Oriente para não correr até o cão ou tocá-lo sem permissão.

Por que tudo isso é tão importante?

Interferir com um cão de assistência pode colocar o tutor em risco. Imagine um cão-guia se distraindo ao atravessar uma rua movimentada, ou um cão de alerta médico não percebendo um sinal importante por estar entretido com um estranho. É uma questão de segurança e respeito.

Além disso, essas interações não solicitadas podem causar estresse ao cão e comprometer o treinamento que ele recebeu por meses (às vezes, anos).

Curiosidades sobre cães-guias.

  • Cães de assistência começam o treinamento desde filhotes, com reforço positivo e estímulos constantes.
  • A maioria deles é da raça Labrador ou Golden Retriever, mas outras raças também são aptas para o trabalho.
  • Esses cães precisam se aposentar, geralmente por volta dos 8 a 10 anos, e adotados por famílias ou permanecem com os tutores.

Dica extra: e se o cão se aproximar de você?

Em alguns casos raros, um cão de assistência pode se aproximar de um estranho e isso pode ser um sinal de que o tutor está passando mal. Se isso acontecer, mantenha a calma, observe e procure ajudar. Cães de alerta são treinados para buscar socorro!

Eles também têm dias difíceis.

Assim como a gente, os cães de assistência também podem ter dias em que estão mais cansados, distraídos ou estressados. Mesmo sendo super bem treinados, são animais, e não robôs. Por isso, respeitar o tempo deles e não exigir “fofura” ou atenção faz toda a diferença.

Os tutores desses cães aprendem a ler os sinais de desconforto e cansaço. Mas, como sociedade, a gente pode contribuir muito evitando interações desnecessárias. Isso ajuda o cão a manter o foco e a saúde mental em dia.

O treinamento é contínuo.

Você sabia que o trabalho de um cão de assistência não para no momento em que ele é entregue ao tutor? O aprendizado continua ao longo da vida, com reforços e adaptações conforme a rotina do tutor muda. É um trabalho de parceria e evolução constante.

Além disso, os tutores também recebem orientação sobre como lidar com o cão, manter a obediência e reforçar comportamentos. É um relacionamento baseado em confiança, dedicação e, claro, muito amor.

Aposentadoria: o que acontece depois?

Quando o cão de assistência se aposenta, o momento é cheio de emoção. Muitos continuam com o tutor como “pet de companhia”, enquanto um novo cão treinado assume o posto. Outros vão para famílias amorosas na lista de adoção desses heróis peludos aposentados.

Vale lembrar que o vínculo entre o tutor e o cão que se aposenta é muito forte, afinal, passaram anos trabalhando lado a lado. Por isso, esse processo é feito com todo o cuidado possível, respeitando tanto o animal quanto o humano.

Espalhe essa informação!

Entretanto, pouca gente sabe como lidar corretamente com cães de assistência. Muita gente ainda acha que pode fazer carinho, tirar foto ou até impedir a entrada desses cães em locais públicos. Por isso, compartilhar conhecimento como esse é um ato de cidadania e empatia.

  • Se você tem um negócio, oriente sua equipe.
  • professor, fale com seus alunos.
  • oriente seus filhos, ensine desde cedo o respeito por esses profissionais de quatro patas. Todo mundo sai ganhando!

Conclusão.

Em suma, cães de assistência são muito mais que companheiros, são ferramentas de autonomia, liberdade e inclusão para muitas pessoas. E nós, como sociedade, precisamos fazer a nossa parte para garantir que eles possam trabalhar com segurança.

Da próxima vez que cruzar com um cão desses, admire de longe, respeite seu espaço e compartilhe esse conhecimento com os outros. É assim que construímos um mundo mais acessível, respeitoso e pet-friendly!

Fonte: Portal do dog.

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Maria Sousa

Apaixonada por animais, dedico-me a compartilhar informações práticas e de qualidade sobre cuidados com os pets. Como criadora desse blog especializado no tema, ofereço dicas e curiosidades para facilitar a vida dos tutores e promover o bem-estar dos bichinhos.