Em um mundo cada vez mais digital, onde o blockchain começa a ser utilizado para muito além das criptomoedas, e, portanto, surge uma pergunta instigante: será que os pets também terão identidade digital no futuro?
A resposta caminha para um promissor “sim”. A tecnologia que garante segurança, autenticidade e rastreabilidade está sendo explorada em soluções inovadoras para animais de estimação, desde cadastros descentralizados até certificação de pedigree e histórico médico.
Sendo assim, neste artigo, você vai entender como o blockchain está entrando no universo pet e por que essa revolução pode transformar a forma como cuidamos e protegemos nossos melhores amigos.
O que é identidade digital para pets?
A identidade digital de pets é o conceito de registrar, de forma única, segura e imutável, as informações de um animal em uma rede blockchain. Isso significa que dados como:
- Nome.
- Data de nascimento.
- Raça.
- Histórico de vacinação.
- Consultas veterinárias.
- Exames.
- Procedência genética.
- Localização (em caso de perda)
Mas, ficariam protegidos por uma tecnologia descentralizada, de acesso restrito e que não pode ser falsificada. Diferente de um chip comum implantado sob a pele (que pode ser desativado ou removido), um registro em blockchain é eterno e auditável, além disso, permite que tutores e profissionais compartilhem as informações com segurança, agilidade e total transparência.
Como funciona na prática?
Imagine que seu pet é registrado em uma plataforma pet baseada em blockchain. Então esse “cadastro digital” gera um NFT (Token Não Fungível) exclusivo, que representa a identidade do animal; esse NFT conterá:
- Um código único.
- Dados biométricos do pet (como impressões da pata ou reconhecimento facial).
- Informações de saúde atualizadas.
- Certificados digitais (vacinas, castração, pedigree, etc.).
Você poderá acessar tudo por meio de um aplicativo, e autorizar veterinários, hotéis, pet shops ou seguradoras a consultar, ou atualizar esses dados com seu consentimento.
Caso seu animal seja perdido, por exemplo, será mais fácil identificar e rastrear com precisão mesmo que ele seja levado a um local longe de onde desapareceu.
Quais as vantagens para tutores?
As vantagens vão além da praticidade e segurança, a identidade digital no blockchain traz diversos benefícios reais para quem convive com pets, por exemplo:
- Evita fraudes em registros e pedigree.
- Facilita viagens internacionais (documentação rápida e validada).
- Melhora o acesso ao histórico médico em qualquer clínica veterinária.
- Garante proteção jurídica do pet (em casos de disputa de posse, adoção, herança).
- Possibilita microsseguros inteligentes, com contratos automáticos via Smart contratos.
- Tudo isso sem depender de instituições centralizadas ou bancos de dados vulneráveis.
Quem já está fazendo isso?
Existem algumas Startups pelo mundo que já estão se movimentando com essa inovação; veja alguns exemplos:
- Pet Now (Coreia do Sul): usa biometria do focinho e blockchain para identificação segura.
- Vet Ledger (EUA): plataforma que cria um prontuário eletrônico imutável de pets.
- DOGAMI (global): projeto que une NFTs e metaverso com criação de avatares de cães.
Entretanto, no Brasil, algumas clínicas veterinárias e redes pet já começam a testar soluções de prontuário digital com autenticação via blockchain.
E os animais de rua?
Os animais de rua também podem se beneficiar com esse uso muito promissor da identidade digital via blockchain, sendo assim, teremos o controle e cuidado de animais resgatados ou em situação de abandono.
ONGs poderiam registrar o histórico de resgate, vacinação e cuidados de cada pet acolhido. Isso daria mais confiança a quem for adotá-lo e auxiliaria no acompanhamento de políticas públicas de bem-estar animal; além disso, permitiria a doação rastreável de recursos, evitando fraudes.
E a privacidade dos dados?
Um ponto importante é que o blockchain pode ser configurado para permitir privacidade seletiva. Ou seja, só você (tutor) decide quem tem acesso aos dados do seu pet; informações sensíveis não ficam visíveis publicamente.
Mas vale a pena mesmo?
A digitalização da vida dos pets pode parecer exagerada, mas estamos falando de avanços que unem tecnologia, bem-estar, segurança e praticidade.
Com os custos de implantação caindo, é provável que em poucos anos seja comum registrar o novo filhote não só no pet shop, mas também na blockchain. Pois, é a união do amor pelos animais com as ferramentas mais modernas que a tecnologia oferece.
Futuro próximo.
Pet digital no metaverso? A identidade digital também abre portas para o metaverso. Então, com um NFT do seu pet, você pode criar avatares fiéis para interações virtuais, jogos ou plataformas de socialização entre pets e tutores.
Já existem espaços onde cães e gatos digitais participam de feiras, clínicas, concursos e experiências interativas, tudo conectado à identidade digital real do animal.
Conclusão.
A pergunta não é mais “se” os pets terão identidade digital, mas “quando”. A tecnologia blockchain está se tornando uma aliada poderosa no cuidado com os animais, oferecendo mais segurança, transparência e acessibilidade para tutores, profissionais e instituições.
Portanto, se em breve seu cão ou gato tiver um “passaporte digital” validado internacionalmente, não se espante; o futuro dos pets está sendo escrito em blocos de código.
Mas e você, adotaria essa inovação no dia a dia com seu pet? Deixe sua opinião nos comentários!
Fonte: Portal do dog.